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 Resumo:

Este estudo se realizou em uma organização pública brasileira onde fora implantada uma política de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) que previa, dentre outras mudanças, a flexibilização da jornada de trabalho. Investigaram-se os impactos da redução de jornada já existente em seu Departamento de Informática e as expectativas dos entrevistados com a possibilidade de implantação de um "Banco de Horas" (compensação de horas extras por horas de folga). Pesquisas sugerem que os novos modelos de jornada podem ter impactos diferenciados para QVT e para a vida familiar do trabalhador, cabendo avaliar quais trazem-lhe maiores benefícios e contribuem para a produtividade. Outras pesquisas enfatizam que um dos principais riscos da flexibilização da jornada é provocar sua expansão sem a devida remuneração adicional. Utilizou-se a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) para levantar indicadores críticos no contexto de trabalho, por meio de análise documental, escalas psicométricas, entrevistas e observações sistemáticas. Estes instrumentos foram aplicados a grupos de gestores e analistas (subordinados) do Departamento de Informática. A análise documental elucidou que a redução de jornada (de oito para sete horas diárias) não implicou em redução do salário, mas restringiu o acesso a gratificações e comissões por determinação dos gestores, obrigando os empregados a escolherem entre a jornada reduzida e o acréscimo salarial. As escalas psicométricas apontaram pequena melhoria nos indicadores contextuais e de Custo Humano do Trabalho (CHT) na jornada reduzida por meio de comparação com os empregados que cumpriam jornada convencional. As respostas de gestores e analistas às entrevistas foram convergentes entre si, indicando principalmente que: a) houve preferência dos analistas pela jornada reduzida, ainda que isto representasse restrições à carreira e a receber acréscimos salariais; b) houve grande melhoria da Qualidade de Vida fora do Trabalho (especialmente a compatibilização do trabalho com assuntos pessoais) e algumas melhorias para a Qualidade de Vida no Trabalho (como a melhor compensação do desgaste e a reorganização de rotinas); c) a produtividade, conforme avaliação subjetiva dos participantes, melhorou em alguns casos e em outros permaneceu inalterada; mas não houve decréscimo de desempenho; d) a redução de jornada é um modelo melhor que o "Banco de Horas", pois este pode impor compensação de horas em períodos que não convém ao empregado nem à organização; e e) o controle de horário deve ser aprimorado, pois a catraca então em funcionamento apresentava falhas freqüentes, resultando em perdas de dados e cobranças injustas por ausências dos empregados. Na observação sistemática, verificou-se que a reorganização das rotinas permitiu a continuidade do trabalho mesmo em duas áreas muito distintas (atendimento e desenvolvimento de sistemas), ainda que as equipes tenham se dividido entre os membros que concentravam seu horário pela manhã e aqueles que concentravam seu horário à tarde. Concluiu-se que a redução de jornada produziu impactos positivos para o bem-estar dos trabalhadores sem prejuízos para a produtividade. Porém não se solucionaram outros fatores contextuais que lhes punham a saúde em risco, sendo necessárias medidas específicas para sanar tais problemas, conforme preconizam os fundamentos da política de QVT do órgão governamental estudado.

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