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Psicologia Social e do Trabalho - Universidade de Brasília

Organização do trabalho, custo humano e qualidade de vida no trabalho. Angela da Silva Ferreira (aluno de IC); MARIO CESAR FERREIRA (orientador(a), Instituto de Psicologia - Departamento de Psicologia Social e do Trabalho).

Introdução - Novos paradigmas norteadores da gestão de pessoas nas organizações, enfatizam a busca por estratégias maximizadoras da produção o que contribui para uma maior desumanização dos ambientes de trabalho. Com esta nova configuração a Qualidade de Vida no Trabalho – QVT surge como uma possibilidade de resgate da valorização do trabalhador, buscando combinar o bem-estar deste, a eficiência e eficácia organizacional. A abordagem científica da Ergonomia da Atividade pode ser utilizada como uma ferramenta pertinente na busca pelo bem-estar dos trabalhadores em face de seu caráter interdisciplinar e de sua perspectiva de aliar objetivos individuais e coletivos às exigências do trabalho prescrito.

Metodologia - O objetivo geral é apresentar como a QVT é discutida na atualidade, com base na análise dos aspectos conceituais e metodológicos encontrados nos estudos envolvendo esta temática. Para a realização do estudo foram coletados textos de fontes científicas tais como artigos publicados em periódicos científicos, capítulos de livros, anais de congresso e dissertações de mestrado, publicados no período de 1998 e 2004, totalizando trinta referências bibliográficas. Os resultados obtidos estão organizados em cinco categorias: (a) aspectos teóricos; (b) aspectos metodológicos; (c) principais resultados; (d) principais limites; (e) principais contribuições e (f) outros aspectos relevantes.

Resultados - A análise da literatura possibilitou constatar: QVT constitui uma temática relativamente nova e pouco explorada; há uma predominância de publicações na área da Administração; existe pouca delimitação e rigor conceitual. A abordagem metodológica utilizada nos estudos se caracteriza por uma certa fragilidade, pois os instrumentos e os procedimentos empregados são insuficientemente descritos, quando não ausente. Além disso, existem poucas pesquisas empíricas envolvendo este tema e faltam incentivos financeiros, setores e gestores preparados para desenvolver estudos em QVT nas organizações. Constata-se uma forte ênfase em conjugar desempenho e metas de produtividade da instituição. Cabe enfatizar que: (a) faltam modelos de gestão em QVT, baseados na análise de situações reais de trabalho, aumentando a distância entre os conceitos e as práticas implementadas; (b) o número de pesquisas na área ainda é muito limitado; e (c) a maioria dos estudos apresenta QVT numa perspectiva assistencialista, abordando o indivíduo como única variável de ajuste o que justifica o amplo emprego de práticas anti-estresse. As maiores contribuições dos estudos referem-se à necessidade de uma participação efetiva dos agentes envolvidos no contexto de trabalho, na elaboração de programas de QVT e nas mudanças necessárias na cultura organizacional, posto que estas ainda são baseadas em modelos tayloristas de gestão.

Conclusão - O levantamento bibliográfico realizado indica que as práticas realizadas em QVT não possuem suporte teórico-metodológico sólido. As concepções e métodos se apóiam na ótica dos trabalhadores como variáveis de ajustes e adaptação às finalidades organizacionais, sobretudo, de produtividade. A superação deste limite implica em colocar os trabalhadores, em especial suas necessidades e expectativas, no centro da concepção e das práticas de QVT.

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